domingo, 26 de junho de 2011

Caprichoso mostra imponência e galera grita "é campeão




Azul e Branco empolgou a galera com lenda amazônica polêmica e com os versos de ‘Réquiem Prece aos Espíritos’, de 1996
Caprichoso vai encantando na Arena, e a galera grita É! campeão, É! campeão. E os dois bumbares vão seguindo suas longas histórias. Parintins, está de parabens.

(Parintins) - O Caprichoso empolgou a galera na arena do Bumbódromo na segunda apresentação no Festival Folclórico de Parintins. A exemplo do Garantido, o Azul e Branco usou toadas clássicas, como ‘Réquiem Prece aos Espíritos’, ‘Rostinho de Anjo’ e ‘Bicho Homem’ e deixou a torcida arrepiada. Outros momentos marcantes foram: a lenda do cavalo marinho e a aparição da cunhã-poranga.

O cavalo marinho foi o primeiro a aparecer na arena do Bumbódromo. A lenda está registrada nos institutos de história de Parintins, mas muitos torcedores não entenderam o que o ser tinha a ver com os rios da Amazônia. De acordo com a lenda, os índios e ribeirinhos veem um animal parecido com um cavalo no lago Uiacurapá, mas na inocência acabaram batizando ‘cavalo marinho’. A grande alegoria impressionou pela riqueza de detalhes e foi muito aplaudida.

Logo depois, foi a vez da da cunhã-poranga aparecer. Maria Azedo surhiu do meio da galera azul e branca sobre a alegoria de um inseto, surpreendendo a todos os expectadores na arena. Da arquibancada, ela montou sobre uma arara azul. A todo o momento a cunhã fazia movimentos bruscos e danças, sem temer a altura da estrutura.

Com a temática ‘A magia que vem da arte’, o Caprichoso abusou das cores e adereços criados por parintinenses. No item figura típica regional, o bumbá homenageou parintinense Tonzinho Saunier, conhecido contador de histórias e peculiaridades da Ilha Tupinambarana. Sua alegoria mostrou lendas como a do boto cor-de-rosa, o curupira, o negrinho do pastoreio e a cobra grande.

O amo do boi, Edilson Santana, não deixou barato as provocações de Tony Medeiros. Depois de uma primeira noite considerada fraca, respondeu ao rival e perguntou se ele estava com um ovo na boca quando recitava seus versos. A galera delirou.

No ritual, os versos de ‘Réquiem Prece aos Espíritos’ levaram ao choro alguns torcedores que estavam nas cadeiras especiais. Os versos imortalizados na voz Arlindo Júnior ganharam ainda mais fôlego nas cordas vocais de David Assayag.Na alegoria, a simulação do corpo de Tuyury- Kari foi levado por cabos de aço até um globo no alto da estrutura. O pajé Waldir Santana encerrou o espetáculo dançando no fim do rito.

Na última apresentação do Touro Negro, neste domingo, o sub-tema será ‘A magia que vem do povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário