
Deficiente que levou tiro de PM continua em estado grave no Amazonas
A vítima do tiro viajou na manhã desta segunda-feira (6), em avião fretado pela Prefeitura, para tratamento especializado, em Manaus. O estado dele é grave
A cidade de Maués vive clima de insegurança. Neste domingo (5), populares protestaram, em frente ao hospital dona Mundiquinha, localizado na estrada Miri-Moraes, onde está internado o deficiente mental Cleidson Antônio Melo,21, conhecido Bolinha, que foi vítima de um tiro de
revólver disparado pelo policial militar Almeida.
O tiro atingiu a cabeça Cleidson. Ainda durante a noite, os protestos contra a ação policial, se intensificaram. Por volta das 23h, homens encapuzados, incendiaram o prédio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), da Prefeitura Municipal e atearam também fogo no meio da rua, utilizando sobras de madeira, para interditar a passagem nas vias de acesso ao hospital. Na manha desta segunda-feira (6), Comando da Policia Militar enviou reforço policial ao município.
O pai de Bolinha, o feirante da cidade conhecido como Chuneca, registrou boletim de ocorrência na Delegacia. Ele contou que testemunhas viram quando a viatura da policia teria parado, próximo à residência, situada no bairro dona Michiles, na periferia, e em seguida o militar apontou o revólver na cabeça do deficiente.
O crime aconteceu por volta das 16h. O Comando da PM informou que o tiro foi acidental e que os policiais teriam se dirigido ao local para conter uma ação de galerosos. Ontem à noite, os policiais fizeram barreira nos arredores do hospital e dispararam vários tiros, para o alto, a
fim de dispersar os manifestantes. Os revoltosos tentavam depredar a unidade de saúde.
A vítima do tiro viajou nesta manhã, em avião fretado pela Prefeitura, para tratamento especializado, em Manaus. O estado dele é grave.
O incêndio de ontem à noite no prédio do Peti, da Secretaria Municipal de Assistência Social, foi contido pelo Corpo de Bombeiros. O prefeito em Exercício, Denni Dorzane, esteve no local. A informação é de que fogo consumiu livros didáticos, móveis e o estoque de merenda das
crianças assistidas pelo programa social. Hoje, o prefeito de Maués, Miguel Belexo Paiva, que estava, em Manaus, retornou ao município.
Quatro acusados de liderarem o vandalismo foram presos na operação da Polícia, na manhã de hoje. O principal suspeito é o funcionário público Ney Silva, o Neizinho. Todos foram recolhidos a Delegacia de Polícia.
O polícia militar acusado do disparo está preso na Companhia e também já prestou depoimento ao delegado Mário Melo. Almeida diz que se enganou. “Pensei que era bala de borracha”,disse.
Em entrevista a Rádio Nova A CRÍTICA FM de Maués, o tenente coronel George Catete, do
Comando da Polícia Militar, informou que a PM irá garantir a ordem a segurança na cidade. “ Todos os envolvidos serão presos ”, disse.
De acordo com o oficial, mais de 70 homens reforçam o efetivo da Companhia de Polícia local. A polícia também utiliza helicóptero nas operações
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