quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dilma assume coordenação da Copa 2014



Governadores e prefeitos das 12 cidades-sede se reuniram nesta terça-feira (31) com a presidente Dilma Rousseff e dez ministros para tratar da Copa de 2014. Foi a maior reunião para discutir o tema desde janeiro, quando Dilma tomou posse. O governo federal queria cobrar dos representantes das capitais que vão receber os jogos detalhes sobre o andamento das obras de estádios e mobilidade urbana.

No encontro, a presidente decidiu que convocará reuniões a cada três meses para acompanhar o ritmo dos trabalhos. Segundo o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a posição de Dilma dá segurança para os gestores.

"Acho que na hora que a presidente da República chama os prefeitos e governadores que serão sede da Copa do Mundo e diz que a cada três meses vai estar sentando na mesa e acompanhando, com certeza a gente sente mais segurança. A gente que está com o desafio de fazer a melhoria os estádios, de fazer a melhoria das vias, de buscar o financiamento para investidores que querem implantar hotéis... Agora a gente tem a certeza que a presidente está ali, no comando da operação e que nós vamos 'dar conta'", disse.

Mas prefeitos e governadores também foram novamente alertados pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, sobre o ritmo dos trabalhos. Silva afirmou que as obras para os jogos precisam ser aceleradas. "Nós concluímos que será necessário acelerar mais a preparação para a Copa de 2014 no Brasil. Foi um consenso entre todos nós."

Silva também pediu mais rapidez para tirar as obras de mobilidade urbana do papel. "A presidenta apontou que é muito importante que as cidades aproveitem a oportunidade da Copa de 2014 para trabalhar legados, melhorias. Sobretudo melhorias na área de transportes. E pediu que as cidades e os estados acelerem os investimentos em mobilidade urbana. A nossa referência será até dezembro de 2011 a conclusão das licitações para que possamos ofertar transporte de qualidade nessas cidades que são as sedes da Copa", afirmou.

No entanto, segundo o govenador Eduardo Campos, as regras são ainda mais duras. Se as obras de mobilidade que não começcrem até dezembro, sairão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana, exclusivo para a Copa --perdendo isenção de impostos, prioridade no andamento e linha de financiamento exclusivo-- e voltarão para o PAC tradicional.

"É mais fácil abrir o capital da Infraero depois de ela tomar um
choque de competitividade"

Aeroportos
Na reunião, os prefeitos apontaram preocupação com a situação dos aeroportos, mas receberam uma notícia que pode ser fundamental para agilizar os trabalhos: foi confirmada a concessao dos terminais de Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas-SP) e Juscelino Kubistchek (Brasília).

A Infraero, estatal que administra os principais aeroportos do país, poderá ter participação de, no máximo, 49% na operação dos terminais a serem construídos. A iniciativa privada controlará o restante das ações e ficará responsável pelas obras e gestão. O modelo de concessão definido foi o de Sociedades de Propósito Específico (SPE), empresa privada de capital misto.

Em nota, a presidente afirmou que a medida vai valorizar a Infraero e torná-la mais atrativa. "É mais fácil abrir o capital da Infraero depois de ela tomar um choque de competitividade", disse.

Para Dilma, o objetivo da concessão é atrair investidores nacionais e estrangeiros. Ela acredita que a presença da Infraero na parceria vai tornar as informações mais seguras. Ainda segundo a nota da Presidência, as empresas serão obrigadas a ampliar a capacidade dos aeroportos e melhorar a qualidade dos serviços.

A presidente também destacou a importância do terminal de Campinas, por considerar que a região precisa de um aeroporto com três pistas, e questionou a necessidade de construir um novo aeroporto em São Paulo.

Os critérios do edital de concessão devem estar prontos em dezembro. O governo ainda estuda ampliar o modelo de concessão para os aeroportos de Confins (Minas Gerais) e Galeão (Rio de Janeiro).

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