
BRASÍLIA - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considerou 'página virada' a crise enfrentada pelo governo da presidente Dilma Rousseff por conta das suspeitas sobre o crescimento do patrimônio do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, de mais R$ 20 milhões em quatro anos. Sarney chamou a reação dos parlamentares da oposição de 'guerra política', apesar de ser estimulada, em grande parte, por deputados e senadores da base aliada do Planalto, contrários à ideia inicialmente aventada de se solidarizarem com Palocci.
Sarney desqualificou a interlocução política feita pelo ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, ao destacar que o trabalho 'vinha sendo feito predominantemente pelo Palocci' e, segundo o senador, 'com a ajuda do ministro Luiz Sergio'. 'Não sei a maneira como a presidente deseja estabelecer uma nova forma de relações com políticos e com o Congresso'. 'Eu acho que essa relação tem sido harmoniosa, mas naturalmente houve mudança significativa. Ninguém pode desconhecer que a figura de Palocci dentro do governo tinha predominância', ressaltou Sarney.
A criação da CPI do Palocci é também, no entender do presidente do Senado, outra 'página virada'. 'Devemos olhar para o futuro e ver o novo desenho que o governo vai adotar, justamente agora que a senadora Gleisi
foi recrutada para a parte técnica e evidentemente vai dar um novo desenho ao relacionamento político', alegou. 'Eu espero que, no Executivo, ela que já tem tanta experiência, possa realizar uma excelente obra e um bom trabalho ajudando a presidente Dilma', acrescentou, referindo-se à escolha da senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR) para substituir Antonio Palocci.
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