sexta-feira, 8 de julho de 2011

Juiz manda investigar suposta participação de padre em entrada ilegal de haitianos no país




Homem foi preso nesta semana em Tabatinga, acusado de atuar como "coiote", ao facilitar entrada de haitianos pela fronteira do país

Manaus, 07 de Julho de 2011
No despacho determinando a prisão preventiva do haitiano que estava atuando como “coiote” junto a compatriotas para facilitar o ingresso destes no Brasil, o juiz federal Ricardo A. de Sales também requisitou a instauração de inquérito policial para apurar eventual participação do padre de Tabatinga em possível organização criminosa.

Segundo o juiz, o padre (cujo nome não é identificado no despacho) pode estar “supostamente” envolvido na organização criminosa do denunciado “tendo em vista o teor dos depoimentos colhidos”.

Conforme o despacho, “transparece que o acusado Repert Julien direcionava estrangeiros ingressos ilegalmente no Brasil para o padre da cidade de Tabatinga”. O despacho é do dia 30 de junho.

No depoimento dado à Polícia Federal, Julien diz que foi contratado por grupos de estrangeiros com vistas à introduzi-los clandestina e ilegalmente no Brasil. Conforme o juiz, o acusado chegou a trazer 40 haitianos para o Brasil.

Na sua decisão, Ricardo A. de Sales alertou para uma “a atuação de organizações criminosas voltadas para o tráfico de pessoas e seu ingresso no Brasil está ocorrendo sem que o Governo Federal adote medidas inibitórias concretas e eficazes, tanto que em Manaus cerca de dois mil haitianos se fixaram, sem que o Estado do Amazonas ou o município de Manaus tenham recebido quaisquer recursos comentários por parte da União - que permitiu esse ingresso abrupto de milhares de estrangeiros - para que Estado e Municípios amazonenses possam arcar com os custos necessários à infraestrutura urbana apta a receber essa população.”

O haitiano foi preso nesta semana. A divulgação de sua prisão foi feita nesta quarta-feira (06) pela Polícia Federal, em Tabatinga. Nesta quinta-feira (07), a assessoria de comunicação da PF, com sede em Manaus, enviou nota oficial sobre a prisão e cópia do despacho do juiz anexada no email.

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