quinta-feira, 21 de julho de 2011

Os espertos empreiteiros que só visam dinheiro nos seus cofres, usam a Copa 2014 como escudo para aumentar suas fortunas. Olhem só isso



Ministério do Turismo repassa R$ 52 milhões a ONG dirigida por suspeitoPor Luís Pablo 21-07-2011 às 17:04 Brasil
ComenteDo Josias de Souza



Presidente Dilma Rousseff
Dilma Rousseff ainda nem terminou de limpar o setor dos Transportes e o noticiário já traz novos focos de sujeira.

O repórter Jailton de Carvalho descobriu sob o tapete do Ministério do Turismo um lote de três convênios esquisitos.

Resultaram no repasse de R$ 52 milhões a uma ONG chamada IBH (Instituto Brasileiro de Hospedagem).

Coisa destinada ao financiamento de cursos à distância para preparar mão de obra para a Copa de 2014 –mensageiros, recepcionistas e gerentes de hotel.

Preside o IBH César Gonçalves, um empresário que responde a duas ações do Ministério Público por suposta improbidade administrativa.

Gonçalves dirigiu a estatal de turismo do governo do DF, a Brasíliatur. Deixou o posto, há três anos, sob denúncias de desvios. Daí as ações.

Nessa época, governava o DF José Roberto Arruda –aquele que renunciou depois que o mensalão do DEM carbonizou o que lhe restava de prestígio e de mandato.

Dos três convênios que abriram o caixa do Turismo à ONG, dois foram firmados sob Lula (R$ 9,9 milhões e R$ 16,8 milhões). O outro, sob Dilma (R$ 25,5 milhões).

Deu-se há 15 dias, em 6 de julho, a celebração do último convênio, o de R$ 25 milhões. Tudo se passou em menos de 30 minutos.

O plano de trabalho do IBH aportou no ministério às 16h14. Às 16h19, vapt: a proposta foi à análise. Às 16h34, vupt: já estava aprovada,.

A ONG bafejada com os repasses milionários funciona num pequeno escritório do Setor Bancário Norte de Brasília. Tem quatro funcionários.

Ouvido, o empresário César Gonçalves tentou negar que fosse alvo de um par de ações por improbidade.

Confrontado com as cópias, minimizou a encrenca. Meras acusações, disse ele, sem provas que o incriminem. Coisa de rivais políticos. Quem? Não disse.

“Um total de 80% dos gestores [públicos] estão respondendo a algum procedimento [judicial]. Isso é normal em gestão pública”, afirmou Gonçalves

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