segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cheia do rio Acre preocupa autoridades do município de Envira (AM)




Cheia do rio Acre é monitorada também por municípios amazonenses vizinhos a cidades acreanas que se encontram em situação de emergência por causa da enchente


Manaus, 27 de Fevereiro de 2012

Avião com carregamento de ajuda humanitária para municípios da calha do Juruá (AM) (Divulgação/Subcomadec)

O município de Envira (a 1.206 km de Manaus) registrou uma descida no nível do rio nesse fim de semana. De acordo com o prefeito do município, Rômulo Barbosa Matos, Envira começou a sentir os reflexos da subida das águas com a chegada do período de chuvas iniciado em janeiro. “ Nós enfrentamos fortes chuvas desde o início de janeiro. Houve destruição de pontes, bueiros e mais de mil famílias foram atingidas”, conta o prefeito. A maioria das famílias atingidas mora em áreas ribeirinhas banhadas pelos rios Envira e Tarauacá. Famílias indígenas das comunidades Aruanã e Triunfo também foram prejudicadas pela cheia.

A cheia do rio Acre preocupa não só o prefeito de Envira mas também de outras cidades vizinhas aos municípios acreanos de Feijó e Tarauacá. “ As águas do rio Acre deságuam em alguns dos nossos rios do Amazonas, como o próprio rio Juruá , então, estamos monitorando também a evolução da enchente no Estado vizinho”, frisa Rômulo Matos.

O município vem recebendo apoio financeiro da Defesa Civil do Estado , além de cestas básicas e kits de limpeza e de higiene pessoal. De acordo com o prefeito, o município aguarda a chegada de 800 cestas básicas e 800 kits de limpeza e de higiene pessoal que foram enviados por avião ao município vizinho de Eirunepé e de lá, seguem de barco até Envira.

Ajuda humanitária a municípios da calha do Juruá chega à segunda fase

O Subcomando de Ações da Defesa Civil (Subcomadec) e a Força Aérea Brasileira (FAB) enviaram no último fim de semana, a segunda remessa de ajuda humanitária para o município de Eirunepé( a 1.159 km de Manaus) que é pólo de distribuição dos produtos para os municípios de Envira, Guajará e Ipixuna situados na calha do rio Juruá. Foram enviadas 30 toneladas de cestas básicas, kits de higiene pessoal , limpeza e medicamentos.

Além de Eirunepé, Guajará , Ipixuna e Envira, também encontram-se em estado de emergência os municípios de Itamarati, Carauari e Juruá. Ao todo 6.048 famílias foram afetadas.

A calha do Juruá, conforme atestou o Centro de Monitoramento Ambiental do Subcomadec, em parceria com órgãos de meteorologia como o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), vem passando por anomalia climática conhecida como La Niña – que corresponde ao resfriamento das águas do Oceano Pacífico e ainda, sofrendo a influência da atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul-ZCAs, o que ocasionou a alteração do comportamento climático e hidrológico e consequente antecipação do período de chuvas na região do Juruá.

Todas as calhas dos rios do Estado são monitoradas diariamente pelo Centro de Monitoramento Ambiental do Subcomadec. A região do Alto Solimões está em Situação de Atenção devido às chuvas intensas, em função da elevação do rio Javari (Atalaia do Norte e Benjamin Constant) e ainda devido ao rio Solimões está acima do nível normal para o período. As demais calhas apresentam elevação gradual, dentro da normalidade.

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EtiquetasInterior, Envira, Clima, Enchentes, CALHA DO JURUÁ
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