segunda-feira, 16 de maio de 2016

ESPERAMOS QUE SEJA RESOLVIDO ESTA SITUAÇÃO E PREJUDIQUE NINGUÉM PRINCIPALMENTE MANAUS.

José Melo, Eduardo Braga e Omar Aziz (Fotos: Divulgação)
José Melo, Eduardo Braga e Omar Aziz (Fotos: Divulgação)
O fim de semana foi dos três últimos governadores do Amazonas. Primeiro foi o atual, José Melo (Pros), que apareceu em reportagem da Revista Veja sobre o inquérito da Polícia Federal aberto nas eleições de 2014, e que revelou uma série de irregularidades que o ajudaram a vencer a disputa e se reeleger. Depois, o Jornal Hoje e o Jornal Nacional mostraram trechos da delação premiada de dois ex-executivos da Andrade Gutierrez, Clóvis Peixoto Primo e Rogério Nora de Sá, investigados na Operação Lava a Jato, que disseram à Policia Federal que pagaram propina aos ex-governadores e hoje senadores do Amazonas Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD). Trata-se de um trio da mesma linhagem política, filhos de um grupo que tomou o poder no Amazonas há mais de 30 anos. Remonta a 1982 (34 anos, portanto), quando Gilberto Mestrinho retomou o poder, com a eleição para governador, após um longo período de ditadura militar. Desde então, o Poder no Amazonas nunca saiu do grupo político comandado inicialmente por Mestrinho, que depois passou o bastão para Amazonino Mendes, que criou Braga, Omar e Melo. O atual governador, na verdade, chegou ao poder por um “acidente de percurso”, pois nunca foi talhado para o cargo no grupo. Talvez isso explique a enxurrada de irregularidades de que lançaram mão para reelegê-lo. Nesses 34 anos, o Estado do Amazonas avançou muito pouco em termos econômico e social, exceto a capital, graças à pujança do Polo Industrial até 2014. O interior do Estado continua o bolsão de miséria dos anos de 1970 e início dos anos 1980, quando Mestrinho passou a governar com esse grupo. As denúncias trazidas pelos ex-executivos da Andrade Gutierrez, se confirmadas, significarão apenas a coroação de um esquema que muitos desconfiam e até denunciam, mas que nunca se avança nas investigações. Os órgãos de controle do Amazonas, muito bem controlados por quem está no Poder Executivo, sempre se mostraram cegos, surdos e mudos para as irregularidades praticadas nos governos. A pergunta é: quanto tempo o eleitorado ainda vai dar para esse grupo governar o Estado?
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