domingo, 21 de agosto de 2016

Manaus dá lições que os políticos insistem em ignorar

REFLEXÃO


Manaus é, por natureza, uma cidade politicamente ‘rebelde’. Em 1988,  o ainda 'menino' Arthur Neto obteve 48% dos votos válidos e venceu os dois maiores caciques do Amazonas, o governador Amazonino Mendes e seu ‘imbatível’ candidato Gilberto Mestrinho,  que obteve 38% dos votos.
Em 1996, com Amazonino no governo e Eduardo Braga na prefeitura, Gilberto Mestrinho liderava as intenções de voto com os mesmos 38% que obtivera contra Arthur, seguido de Nonato Oliveira com 36%. Mas o prefeito eleito foi Alfredo Nascimento, que começou com ‘humilde” 1%, foi para o segundo turno com 34% e venceu  /Serafim Corrêa.
A ‘rebeldia’ manauara voltou a se manifestar em 2004, quando Serafim Correa venceu o segundo turno com 51,68% dos votos válidos, contra o candidato do poder e até então ‘invencível’ Amazonino Mendes com 48,32%.  Manaus impôs a Amazonino sua primeira derrota em 21 anos de disputas eleitorais no Amazonas.
Foram lições que o eleitor deu aos politicos. Mas eles não aprenderam....
APLICATIVO POPULAR 
Para o procurador regional eleitoral do Amazonas, Victor Riccely, o aplicativo Pardal introduzido nas eleições de 2016 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contribuirá muito no combate a propaganda irregular em Manaus.
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Segundo ele, o aplicativo engajará de verdade o cidadão no processo de fiscalização e na realização de denúncias em tempo real à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público. Por meio dele, qualquer cidadão poderá enviar denúncias com anexos e imagens, além de acompanhar o andamento das mesmas.
URNAS PARA O INTERIOR
O dia da eleição está se aproximando e nesta semana as urnas eletrônicas começaram a ser despachadas pelo TRE para as cidades do interior. As remessas são de 300 urnas inicialmente e  seguem de avião, de barco, de carro e até de helicóptero, para as comunidades mais isoladas. O transporte por meios modernos impede a ação dos ‘botos encantados’ que no passado costumavam ‘emprenhar’ as urnas quando estas eram levadas de canoa para as localidades ribeirinhas. O trabalho vai prosseguir até setembro, quando as últimas unidades serão distribuídas para as seções eleitorais em Manaus.
A VINGANÇA
Dilma não irá ao Senado no dia 29 para se defender, mas para se vingar. Ela aceitou fazer sua defesa pessoalmente no processo de impeachment, só para poder ‘olhar nos olhos’ o grupo de senadores que considera ‘traidores’ do seu governo. Entre eles estará Eduardo Braga, do Amazonas, um dos seis ex-ministros que estiveram com ela governando o país e “jurando falsa amizade”, segundo assessores da presidente. Dilma, que é conhecida por não se desculpar e achar sempre que está certa, quer ‘constranger’ os que juraram fidelidade externa, mas não resistiram à ideia de ‘pular’ da canoa petista quando a correnteza da Lava Jato arrastou todo o governo para a queda d´água.

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