quarta-feira, 5 de outubro de 2016

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Recado das urnas a ex-deputados estaduais do AM: ‘pegue seu banquinho e saia de fininho’


Nonato Lopes, Angelus Figueira, Fausto Souza (ao centro), Nonato Lopes e Nelson Azêdo amargaram derrota nas urnas (Fotos: Divulgação)
Nonato Lopes, Angelus Figueira, Fausto Souza (ao centro), Nonato Lopes e Nelson Azêdo amargaram derrota nas urnas
Selo eleicoes peq
Por Rosiene Carvalho, da Redação
MANAUS – Os eleitores do Amazonas negaram, no domingo, 2, a volta de ex-deputados estaduais a cargos políticos. As urnas disseram não para Nelson Azêdo, em Itacoatiara; Ângelus Figueira, em Manacapuru; Nonato Lopes, em Iranduba. Além disso, em Manaus os ex-deputados Fausto Souza (PR) e Nonato Lopes (PHS), que tentavam uma vaga na Câmara Municipal de Manaus, também foram rejeitados. Fora do circuito de poder, esses políticos tentavam se realinhar por meio do comando de prefeituras municipais.
No exercício do mandato, Sabá Reis (PR) é outro representante da Assembleia Legislativa nocauteado neste pleito. Após intensa pré-campanha em Autazes, com apoio de outros deputados estaduais e federais no palanque, Sabá ficou em terceiro lugar e perdeu, assim como o atual prefeito da cidade Tomé Filho (PSD), para ex-chefe de gabinete do deputado federal Silas Câmara, Andreson Cavalcante (Pros).
Azêdo
Em Itacoatiara, a população deu um sonoro não ao ex-deputado cassado Nelson Azêdo (Pros), que ficou em terceiro lugar no pleito com 5.788. O primeiro lugar recebeu 16.496 votos a mais que ele. É a quarta vez que as urnas dizem não a Azêdo desde que ele teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral no Caso Prodente.
A denúncia veio à tona ainda nas Eleições de 2006, quando um vídeo mostrando o então deputado e o então candidato a vereador, hoje presidente do TCE Ari Moutinho, pedindo votos a pessoas atendidas pela Fundação Prodente, que recebia repasses do Governo do Estado. As decisões judiciais indicaram que a fundação também era bancada com verba de gabinete da Assembleia Legislativa.
Depois de muita polêmica na tramitação do caso no TRE-AM, Azedo foi cassado meses antes do fim do mandato. No ano passado, ele e o filho Nelson Amazonas foram condenados a prisão, em decisão de primeira instância na Justiça do Amazonas.
O ex-vereador e atual presidente do TCE Ari Moutinho conseguiu se desvencilhar de todos os processos em que Azêdo foi condenado. Este ano, o TCE arquivou o processo que investigava os convênios entre a Prodente e o Governo do Amazonas com base em resolução interna no tribunal, que prevê prescrição de casos como este, que já estava na gaveta há pelo menos 10 anos.
Azêdo conseguiu depois decisões liminares para reverter as condenações, mas não se livrou dos efeitos da cassação junto ao eleitorado.
Já em 2010 não conseguiu a reeleição na Assembleia. Em 2012, tentou se eleger prefeito em Itacoatiara e foi rejeitado. Em 2014, tentou voltar novamente à Assembleia e mais uma vez não foi eleito.
Apesar desse histórico, Azêdo contou com apoio de partidos como o DEM, do deputado federal Paurdeney Avelino, porta voz dos discursos de combate à corrupção e defensor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). E do Pros, partido do governador José Melo, pelo qual Azedo disputou o pleito.
Nonato Oliveira e Fausto Souza
Ícone do palanque eletrônico nas décadas de 80 e 90 e político de votações expressivas neste período, o ex-deputado Nonato Oliveira (PHS) tentou voltar ao circuito político mas recebeu 2.208 votos, insuficientes para a vitória. Fausto Souza (PR), que não conseguiu a reeleição na Assembleia em 2014, após expressivas votações no auge da fama dos “Irmãos Coragem” também viu mais uma vez naufragar sua tentativa de voltar a cargos eletivos. Ficou com 1.415 votos e amargou a 161° colocação.
Fausto, no último mandato, teve o nome envolvido numa operação que apura denúncias de pedofilia. Antes disso, o irmão e ex-deputado estadual Wallace Souza, que morreu em 2010, foi acusado de se envolver com facções criminosas no Estado, o que levou à derrocada da família Souza no campo político.
Nonato Lopes
O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Iranduba Nonato Lopes (PMDB), que já ocupou cargos de vereador de Manaus e Secretário de Estado de Segurança na época em que Amazonino Mendes governou o Amazonas, não conseguiu voltar ao comando do município. Além de ter o registro indeferido pela Justiça Eleitoral, os votos que recebeu deram a ele o segundo lugar na disputa. O primeiro colocado, Chico Doido (DEM) teve quase o dobro da votação de Lopes.
Ângelus Figueira
O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Manacapuru Ângelus Figueira (PP) também teve os planos de voltar a ocupar cargos públicos por meio da eleição frustrado pela força política demonstrada pelo candidato que venceu o pleito, o empresário Beto Dangelo (Pros). Apesar da derrota, Figueire demonstrou que ainda tem fôlego para futuras eleições, porque recebeu 13.618 votos. Perdeu por uma diferença de 809 votos.
Tabosa
Embora nunca tenha conseguido exercer um mandato após ter sido cassado as duas vezes que se elegeu vereador de Manaus, o apresentador de TV, Ronaldo Tabosa (PP), parece ter diminuído o recall entre os eleitores. Este ano com 6.945 aguarda na suplência da sua coligação.

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