sábado, 2 de julho de 2011

Eduardo Braga perde mais uma batalha em Brasília


Senador pelo Amazonas, Eduardo Braga (PMDB) tentava se articular para conseguir a vaga de lider do governo, mas foi preterido pela presidência e por seu partido.
Braga brigava pela vaga de líder do governo da presidente Dilma no Congresso Nacional. Foto: Raimundo Valentim Manaus - A Secretaria de Relações Institucionais confirmou hoje a escolha do deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) como líder do governo no Congresso Nacional. O cargo estava vago desde o início do governo de Dilma Rousseff (PT). Senador pelo Amazonas, Eduardo Braga (PMDB) tentava se articular para conseguir a vaga, mas foi preterido pelo governo e por seu partido.

É a segunda vez que Braga tenta alçar vôos maiores em Brasília e acaba tendo suas intenções frustradas. No início do ano, ele tentou conseguir um cargo de ministro, mas também não conseguiu.

Em nota divulgada à imprensa, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, diz que o anúncio é feito com a "certeza de que contaremos com o seu papel de liderança frente às questões mais importantes para o país que estão em discussão na Câmara e no Senado Federal".

Na nota, a ministra deseja ainda sorte ao deputado. "Tenho a convicção de que faremos, juntamente com os líderes Romero Jucá no Senado e Cândido Vaccarezza na Câmara, um trabalho coeso na garantia da governabilidade e na aprovação dos projetos fundamentais para o desenvolvimento do Brasil", diz a ministra na nota.

Trabalho

Em entrevista no Palácio do Planalto realizada logo após ter seu nome indicado para a liderança do governo no Congresso, o deputado federal Mendes Ribeiro Filho disse que a presidente Dilma Rousseff lhe pediu para "trabalhar, trabalhar, trabalhar; ouvir, ouvir, ouvir". O novo líder, que almoçou com Dilma no Palácio da Alvorada, disse que buscará o diálogo e argumentou que esse instrumento faz com que o trabalho apresente resultados.

"A presidente me pediu muito trabalho, muito diálogo e paciência", disse o parlamentar gaúcho, acrescentando que há muitos desafios pela frente, mas argumentando que "às vezes, o clima não é tanto de tensão quando dizem ser". "O que passou, passou. Não vejo problema à frente", declarou. Mendes Ribeiro Filho ressaltou que a articulação política é um trabalho de equipe e que ele está entrando em um time já formado. "Serei o 12º jogador", considerou.

Questionado se tinha preocupação com a base, uma vez que a presidente teria recuado ao atender os parlamentares na questão da prorrogação do prazo das emendas, o novo líder afirmou que Dilma não cedeu. "Ela decidiu quando tinha de decidir", afirmou. Mendes Ribeiro Filho disse que Dilma já o convocou para uma reunião de coordenação de governo, marcada para o final da tarde da próxima segunda-feira, 4.

O novo líder do governo no Congresso ressaltou que é preciso ter paciência "para ouvir muito e desarmar os espíritos". Ele disse que tem de "mostrar que ''um não'' não quer dizer exatamente ''não'', mas a impossibilidade de dizer um sim. Não existe obra individual, mas obra de todos. E a gente desarma o inimigo estendendo a mão". Mendes Ribeiro comentou que "muitos preferem as bofetadas a estender a mão" e que "hoje existe uma volúpia, uma ânsia de querer, que muitas vezes consideram o ''não'' que receberam como um desgosto, um desafeto ou uma posição em favor de outro".

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