CPRM diz que quantidade de chuva pode impactar níveis dos rios da bacia Amazônica. Em julho, só choveu um quarto do esperado para o mês em Manaus.
Manaus, 21 de Julho de 2011
Crianças pulam no rio Negro, fugindo do calor em Manaus (Michael Dantas)
Embora não vislumbre a possibilidade do fenômeno climático El Niño (aquecimento do oceano Pacífico), responsável pela redução nas precipitações, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para o registro de chuvas abaixo da média no Estado do Amazonas em julho e nos próximos três meses.
No mês de julho, o Inmet identificou que em Manaus, até o momento, choveu apenas um quarto do esperado para o mês, segundo a chefe do 1º Distrito do Inmet, Lúcia Gularte.
A média para julho é de 85 milímetros de chuva, mas até nesta quinta-feira (21) choveu apenas 19 milímetros. Em agosto, quando a média é de 47 milímetros, o Inmet aposta em um volume menor ainda.
O sul do Amazonas, além do Acre e Rondônia, também vem registrado volume baixo de chuvas e altas temperaturas.
Temperatura
Devido a pouca quantidade de nuvens e maior radiação solar, a temperatura no Amazonas deverá ficar entre 23 e 36 graus, mas com sensações térmicas superiores e variadas, dependendo do nível de umidade.
Na última terça-feira (19), o Inmet registrou o recorde de calor em Manaus, com temperatura de 34 graus e sensação térmica de 42 graus. Nesta quinta-feira (21), a temperatura está em 33 graus e sensação térmica de 37.
O mês de julho marca o chamado “verão amazônico”, época em que o volume de chuvas diminui. Este período vai até meados de dezembro.
Para Lúcia Gularte, a Amazônia está numa “situação neutra”, ou seja, não recebe influência nem do La Niña (resfriamento do Oceano Pacífico e causador de chuvas acima da média) nem do El Niño.
Seca
“As chuvas, como estão se apresentando, não estavam previstas. Mas ainda não temos nada dramático. Acho que ainda é cedo para falar se teremos novamente influência do El Niño. No momento estamos em fase de transição”, disse a meteorologista.
Conforme Lúcia Gularte, a pouca chuva registrada ocorre porque o sistema meteorológico Zona de Convergência Intertropical, responsável diretamente pela quantidade de precipitações, tem atuado especificamente no Estado de Roraima e na Venezuela.
Lúcia disse ainda que é cedo falar sobre a possibilidade do Amazonas registrar novamente expressiva, mas ela destacou que, em 2010, o Estado registrou, além da pouca quantidade de chuvas, uma baixa nebulosidade.
Em 2011, por influência das chuvas no extremo norte do país, a nebulosidade pode dar o equilíbrio da climatologia.
O superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Antônio Oliveira, disse que a pouca chuva pode impactar o nível dos rios, mas somente a partir de setembro é que se poderá avaliar a amplitude da seca deste ano.
“Vai depender da quantidade de chuvas registrada na região”, disse Oliveira. A medição do índice pluviométrico do Amazonas também é realizada pela CPRM. Ela também atestou que as chuvas no Estado estão abaixo da média.
Manaus, 21 de Julho de 2011
Crianças pulam no rio Negro, fugindo do calor em Manaus (Michael Dantas)
Embora não vislumbre a possibilidade do fenômeno climático El Niño (aquecimento do oceano Pacífico), responsável pela redução nas precipitações, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para o registro de chuvas abaixo da média no Estado do Amazonas em julho e nos próximos três meses.
No mês de julho, o Inmet identificou que em Manaus, até o momento, choveu apenas um quarto do esperado para o mês, segundo a chefe do 1º Distrito do Inmet, Lúcia Gularte.
A média para julho é de 85 milímetros de chuva, mas até nesta quinta-feira (21) choveu apenas 19 milímetros. Em agosto, quando a média é de 47 milímetros, o Inmet aposta em um volume menor ainda.
O sul do Amazonas, além do Acre e Rondônia, também vem registrado volume baixo de chuvas e altas temperaturas.
Temperatura
Devido a pouca quantidade de nuvens e maior radiação solar, a temperatura no Amazonas deverá ficar entre 23 e 36 graus, mas com sensações térmicas superiores e variadas, dependendo do nível de umidade.
Na última terça-feira (19), o Inmet registrou o recorde de calor em Manaus, com temperatura de 34 graus e sensação térmica de 42 graus. Nesta quinta-feira (21), a temperatura está em 33 graus e sensação térmica de 37.
O mês de julho marca o chamado “verão amazônico”, época em que o volume de chuvas diminui. Este período vai até meados de dezembro.
Para Lúcia Gularte, a Amazônia está numa “situação neutra”, ou seja, não recebe influência nem do La Niña (resfriamento do Oceano Pacífico e causador de chuvas acima da média) nem do El Niño.
Seca
“As chuvas, como estão se apresentando, não estavam previstas. Mas ainda não temos nada dramático. Acho que ainda é cedo para falar se teremos novamente influência do El Niño. No momento estamos em fase de transição”, disse a meteorologista.
Conforme Lúcia Gularte, a pouca chuva registrada ocorre porque o sistema meteorológico Zona de Convergência Intertropical, responsável diretamente pela quantidade de precipitações, tem atuado especificamente no Estado de Roraima e na Venezuela.
Lúcia disse ainda que é cedo falar sobre a possibilidade do Amazonas registrar novamente expressiva, mas ela destacou que, em 2010, o Estado registrou, além da pouca quantidade de chuvas, uma baixa nebulosidade.
Em 2011, por influência das chuvas no extremo norte do país, a nebulosidade pode dar o equilíbrio da climatologia.
O superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Antônio Oliveira, disse que a pouca chuva pode impactar o nível dos rios, mas somente a partir de setembro é que se poderá avaliar a amplitude da seca deste ano.
“Vai depender da quantidade de chuvas registrada na região”, disse Oliveira. A medição do índice pluviométrico do Amazonas também é realizada pela CPRM. Ela também atestou que as chuvas no Estado estão abaixo da média.
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